Como vocês devem saber, todo ano no inverno dos Estados Unidos, a
época em que as crianças ficam em casa por causa da neve em boa parte do país e
por isso as publishers vomitam zilhões de jogos na sua cara e você tem que se
virar pra jogar tudo. Nesse post, pretendo escrever de maneira sucinta minhas opiniões sobre essa enxurrada de joguinhos de entretenimento eletrônico.
Nota: Tirando o jogo exclusivo de
3DS, todos os jogos citados foram jogados no PS3, porque ele é melhor console
dessa geração. #polemica. Agora vai la jogar seu Halo 87784, seu 249729392º
Gears of War e outro Forza.
So,
shall we begin?
Resident
Evil 6
Se você
me acompanha no twitter deve ter visto minha opinião sobre esse jogo(Me sigam la, @Sadnarav). O
gameplay esta extremamente atrasado e pesado, parecendo de um jogo do inicio da geração.
Uma caralhada de Quick Time Events sem proposito e um jogo que tenta fazer um monte
de coisas ao mesmo tempo e acaba não fazendo nada direito. As 3 campanhas são muito parecidas entre si e a do Leon em especial é massante porque tenta lembrar os REs antigos e coloca puzzles completamente deslocados no meio do jogo. Os personagens da série continuam lá e se você curte essa mitologia, talvez você consiga sacrificar seu tempo e paciência pra ver essa historia.
Status: Decepcionado tendo baixa espectativas.
Recomendo para: fãs da historia da série que querem estar
naquele universo outra vez.
Assassin’s
Creed 3
Uma vez
um sábio homem disse “Ou você morre uma boa série ou vive o bastante para se
ver callofidutizado” e isso a série Assassin’s Creed ainda não morreu. O quinto jogo principal da franquia traz poucas
novidades no gameplay e muda de forma negativas coisas que funcionavam bem nas
versão passadas, como fugir de guardas e a mecânica de gerenciamento da sua
vila, enquanto o stealth continua a não funcionar. Durante o jogo fica claro que esse AC foi feito em vários estúdios
diferentes e passa a sensação de ser uma coleção de mecânicas que não se
complementam. Fora que o final é uma merda. Mas tem a parte épica no Brasil.
Status: Decepcionado tendo altas expectativas
Recomendo para: jogadores experientes da série que querem
mais Assassin’s Creed.
Não recomendo: começar a jogar AC por esse jogo. Comece pelo
Assassin’s Creed 2 e vá jogando a saga do Ezio.
Call of Duty: Black Ops 2
Eu podia simplesmente
dizer “É mais CoD”. A campanha é ok e tenta inovar dentro da série, o que é
sempre bem vindo. O multiplayer ta um pouco melhor e os zumbis estão legais.
Status: Satisfeito.
Recomendo para: quem chegou até esse ponto da geração sem um
FPS competitivo.
New
Super Mario Bros 2
A
callofidutização de Mario 2D, mas mudando o fato de que nesse jogo o seu foco é
pegar moedas. O jogo ta bonito, o 3D ta bem dispensável e as fases continuam
criativas e divertidas de se jogar. Nada de muito novo, nada de indispensavel.
Status: Satisfeito.
Recomendo para: quem ta querendo jogar um jogo de plataforma
2D divertido e com fases rápidas pra jogar no ônibus ou numa fila de banco.
Borderlands
2
O
primeiro Borderlands foi um jogo que ficou um pouco fora dos holofotes por um
pequeno erro de timing, mas fez sucesso com quem jogou. A sua continuação pega todos
os elementos do primeiro e melhora. A historia, que praticamente não existia no
primeiro, tem personalidade e personagens carismáticos. Graficamente o jogo
continua com o cell-shading lindo. Mais inimigos, mais armas, mais mapas, mais
veículos. As armas possuem vários atributos diferentes que combinados de
maneiras aleatórias que te permitem nunca ficar por muito tempo com as mesmas
armas, incentivando o loot e o replay, além do fantástico modo cooperativo de
até 4 jogadores pela internet ou 2 splitscreen.
Status: Satisfeito tendo altas expectativas
Recomendo para: todos.
XCOM: Enemy Unknow
Remake
de um jogo clássico de estrategia em turno que eu não joguei, XCOM é um jogo de
estrategia em turno no qual você é o comandante da Operação XCOM, uma unidade
especializada em lutar contra aliens e que recebe fundos do mundo inteiro. Você
tem que evitar que o panico nos países pra continuar recebendo dinheiro deles e tem
que investir em novos meios de luta/defesa contra os aliens. É necessário muito planejamento a longo prazo, gerenciamento da base e é bastante difícil. Os seus soldados que morre, não voltam. Quando você falha na missão, perdeu o time e você tem que seguir em frente, sendo quase cruel com o jogador.
Status: Superou minhas expectativas.
Recomendo para: todos que curtem jogos de estrategia.
Journey
O que
dizer sobre Journey? Um jogo lindo. Gráfica, artística e mecanicamente
encantador. Uma experiência de mais ou menos 3h de duração que conta uma linda
historia de uma maneira simples e introspectiva.
Status: Jogue.
Recomendo para: qualquer pessoa com um pingo de
sensibilidade.
Hitman:
Absolution
O
Assassino Original voltou depois de um gap de 7 anos. Eu poderia dizer aqui que
é mais Hitman de uma maneira não pejorativa, porque não temos um Hitman a
muitos anos. Você tem um espaço limitado, um alvo e varios recursos de meios diferentes de executar esse alvo. Houveram mudanças no gameplay que não agradaram todos os jogadores clássicos, mas que
traz um novo elemento de estrategia ao jogo, como o Instinto de Assassino e a mudança do funcionamento dos disfarces. Eu particularmente gostei, apesar de não funcionar tão bem em todos os momentos.
Status: Cumpriu a expectativa.
Recomendo para: quem curte stealth.
Far Cry
3
Far Cry 3 é a surpresa do ano. Seu gameplay traz varios elementos que se complementam de forma maestral. O stealth muito insentivado ajuda a camulhar as sequencias de tiro não tão suaves enquanto as sequencias de assassinato com a machete além de extremamente util é fluido e impressionante de se assistir. Gráfica e esteticamente lindo. A ilha onde o jogo acontece é enorme e
viva.
Existem incontaveis sidequests, mais de trinta bases inimigas para serem limpas, torres de rádio que você escala resolvendo pequenos puzzles para
liberar uma
área no mapa(Lembram disso, Ubisoft e Assassin's Creed? ಠ__ಠ) e ter uma visão panorâmica dos arredores, vários animais
selvagens que podem ser caçados usados para a criação de
itens. Se locomover pela ilha é divertido, existem bastantes pontos de fast travel, dirigir é divertido e voar de asa-delta ou com aquela roupa de esquilo voador é sensacional.
A campanha é simples, eficaz, comprida sem ser cansativa. O vilão Vaas rouba cena em todos os poucos momentos em que aparece, sendo o personagem mais carismatico do jogo. A Ubisoft fez de Far Cry 3 o melhor Assassin’s Creed do ano.
A campanha é simples, eficaz, comprida sem ser cansativa. O vilão Vaas rouba cena em todos os poucos momentos em que aparece, sendo o personagem mais carismatico do jogo. A Ubisoft fez de Far Cry 3 o melhor Assassin’s Creed do ano.
Status: Superou todas as expectativas.
Recomendo: fãs de sandbox, FPS e/ou pessoas que ficaram decepcionadas com Assassin's Creed 3.
Dishonored
Com um
visual steampunk numa cidade vitoriana, Dishonored conta uma historia cliché
que é compensada pela seu fantástica gameplay. Controlando Corvo
Attano, você tem múltiplas formas de abordar cada missão, matando todos com
sede de sangue ou passar o jogo inteiro sem matar e nem ser visto por nenhum
inimigo. O sistema de stealth funciona de maneira surpreendente pra um jogo me
primeira pessoa, enquanto o sistema de
batalha com varios inimigos não é tão aprimorado, mas cumpre seu papel. Existe um leque bom de magias diferentes que reforçam
a ideia de que você pode passar pelo jogo da maneira que quiser.
Status: Superou todas as expectativas.
Recomendo para: todos.
The Walking Dead: The Game.
Adaptação do universo da
historia em quadrinho com o mesmo nome, o The Walking Dead: The Game é o jogo
episódico que conta uma historia paralela aquela que acontece no gibi. O jogo é
um point’n’click muito simples porque o seu foco não é o gameplay e sim o
storytelling. Ao decorrer dos 5 episódios você contra o personagem Lee que
pouco tempo depois do começo do outbreak encontra a garotinha Clementine
sozinha em casa e começa a cuidar dela.
O jogo
explora a sobrevivência desses dois no mundo pós-apocaliptico e a relação do trio
composto por Lee, Clementine e o jogador. A ambientação e os acontecimentos são
bem fieis ao que você encontra na historia em quadrinhos, tendo passagens
pesadas e que ninguém está a salvo. Existe também a escolha dos diálogos e de
certas ações que podem mudar os acontecimentos ou como as outras pessoas te
veem. Essa mecânica é bem utilizada porque não é uma barra azul e uma vermelha
pra escolha boazinha e a escolha malvada. Não existe isso no universo do jogo,
só existem escolhas. Essas escolhas e a brutalidade do jogo fazem o jogador se
sentir responsável pela vida daquela inocente criança, que é a filha que todo
cara gostaria de ter, nesse mundo de horrores.
Status: Superou todas e qualquer expectativas.
Recomendo para: todas as pessoas que tenham sentimentos. Até
quem não gosta da novela série de TV.
Por hoje é isso e eu já tenho em mente o tema pro proximo post. O cara do gif no incio do
post é o Benedict Cumberbatch, mas você sabe disso porque você viu Sherlock. Se
você não viu, deveria sentir vergonha de estar vivo.