sábado, 5 de janeiro de 2013

Um pequeno resumo de tudo (que eu joguei nesse fim de ano)




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Como vocês devem saber, todo ano no inverno dos Estados Unidos, a época em que as crianças ficam em casa por causa da neve em boa parte do país e por isso as publishers vomitam zilhões de jogos na sua cara e você tem que se virar pra jogar tudo. Nesse post, pretendo escrever de maneira sucinta minhas opiniões sobre essa enxurrada de joguinhos de entretenimento eletrônico.
Nota: Tirando o jogo exclusivo de 3DS, todos os jogos citados foram jogados no PS3, porque ele é melhor console dessa geração. #polemica. Agora vai la jogar seu Halo 87784, seu 249729392º Gears of War e outro Forza.

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 So, shall we begin?

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                Resident Evil 6
                Se você me acompanha no twitter deve ter visto minha opinião sobre esse jogo(Me sigam la, @Sadnarav). O gameplay esta extremamente atrasado e pesado, parecendo de um jogo do inicio da geração. Uma caralhada de Quick Time Events sem proposito e um jogo que tenta fazer um monte de coisas ao mesmo tempo e acaba não fazendo nada direito. As 3 campanhas são muito parecidas entre si e a do Leon em especial é massante porque tenta lembrar os REs antigos e coloca puzzles completamente deslocados no meio do jogo. Os personagens da série continuam lá e se você curte essa mitologia, talvez você consiga sacrificar seu tempo e paciência pra ver essa historia.

Status: Decepcionado tendo baixa espectativas.

Recomendo para: fãs da historia da série que querem estar naquele universo outra vez.

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                Assassin’s Creed 3
                Uma vez um sábio homem disse “Ou você morre uma boa série ou vive o bastante para se ver callofidutizado” e isso a série Assassin’s Creed ainda não morreu.  O quinto jogo principal da franquia traz poucas novidades no gameplay e muda de forma negativas coisas que funcionavam bem nas versão passadas, como fugir de guardas e a mecânica de gerenciamento da sua vila, enquanto o stealth continua a não funcionar. Durante o jogo fica claro que esse AC foi feito em vários estúdios diferentes e passa a sensação de ser uma coleção de mecânicas que não se complementam. Fora que o final é uma merda. Mas tem a parte épica no Brasil.
Status: Decepcionado tendo altas expectativas

Recomendo para: jogadores experientes da série que querem mais Assassin’s Creed.

Não recomendo: começar a jogar AC por esse jogo. Comece pelo Assassin’s Creed 2 e vá jogando a saga do Ezio.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK8SKGfshFbRPNM9wD3ZBc7rsT8gNjSyZzLc27pkyPnCi_bI6qsM14nXjJqXGB9YouEudr8dWVk18bBsRoJTdTfJPWeizNSom_jKphV98lu6LgvbBZuHiZ0HJLVPQHmK-VLjA3nl1MA7o7/s1600/CallofDuty-BlackOps2PS3.jpg

                Call of Duty: Black Ops 2
                Eu podia simplesmente dizer “É mais CoD”. A campanha é ok e tenta inovar dentro da série, o que é sempre bem vindo. O multiplayer ta um pouco melhor e os zumbis estão legais.
Status: Satisfeito.

Recomendo para: quem chegou até esse ponto da geração sem um FPS competitivo.


 http://dsdatabase.org/attachment.php?attachmentid=643&d=1345429932
                New Super Mario Bros 2
                A callofidutização de Mario 2D, mas mudando o fato de que nesse jogo o seu foco é pegar moedas. O jogo ta bonito, o 3D ta bem dispensável e as fases continuam criativas e divertidas de se jogar. Nada de muito novo, nada de indispensavel.

Status: Satisfeito.

Recomendo para: quem ta querendo jogar um jogo de plataforma 2D divertido e com fases rápidas pra jogar no ônibus ou numa fila de banco.

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM5_YscAcOG4cA1__2KeLvfCLFoBtLPCjwAeBSrXem4vmpfznAtWhgDhATXzcV4FUb-Y347uxXnAjNGs77JuAEjECMWM4B1h_bY-K-jnbm81tslNw1fNzx_H7WCaIg4h8FlrxmjE95xGrJ/s1600/Borderlands-2-ps3-box-art.jpg

                Borderlands 2
                O primeiro Borderlands foi um jogo que ficou um pouco fora dos holofotes por um pequeno erro de timing, mas fez sucesso com quem jogou. A sua continuação pega todos os elementos do primeiro e melhora. A historia, que praticamente não existia no primeiro, tem personalidade e personagens carismáticos. Graficamente o jogo continua com o cell-shading lindo. Mais inimigos, mais armas, mais mapas, mais veículos. As armas possuem vários atributos diferentes que combinados de maneiras aleatórias que te permitem nunca ficar por muito tempo com as mesmas armas, incentivando o loot e o replay, além do fantástico modo cooperativo de até 4 jogadores pela internet ou 2 splitscreen.
Status: Satisfeito tendo altas expectativas

Recomendo para: todos.

               
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XCOM: Enemy Unknow
                Remake de um jogo clássico de estrategia em turno que eu não joguei, XCOM é um jogo de estrategia em turno no qual você é o comandante da Operação XCOM, uma unidade especializada em lutar contra aliens e que recebe fundos do mundo inteiro. Você tem que evitar que o panico nos países  pra continuar recebendo dinheiro deles e tem que investir em novos meios de luta/defesa contra os aliens. É necessário muito planejamento a longo prazo, gerenciamento da base e é bastante difícil. Os seus soldados que morre, não voltam. Quando você falha na missão, perdeu o time e você tem que seguir em frente, sendo quase cruel com o jogador.

Status: Superou minhas expectativas.

Recomendo para: todos que curtem jogos de estrategia.

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNo7aO51QWAukde9DK0HNMW9Yn8mh8H_3hc06WDkNSLIM9jXbzvw3-uxw6ewSqZcMJ2HVJrzmwUfvDnUe3nKGDK9DQocZGYo2uHp8tFcLrK4s1lZN4CQAlzr_5SLYZp265TozTRCPJW5Q/s1600/journey-game-screenshot-1.jpg

                Journey
                O que dizer sobre Journey? Um jogo lindo. Gráfica, artística e mecanicamente encantador. Uma experiência de mais ou menos 3h de duração que conta uma linda historia de uma maneira simples e introspectiva.
Status: Jogue.

Recomendo para: qualquer pessoa com um pingo de sensibilidade.

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                Hitman: Absolution
                O Assassino Original voltou depois de um gap de 7 anos. Eu poderia dizer aqui que é mais Hitman de uma maneira não pejorativa, porque não temos um Hitman a muitos anos. Você tem um espaço limitado, um alvo e varios recursos de meios diferentes de executar esse alvo. Houveram mudanças no gameplay que não agradaram todos os jogadores clássicos, mas que traz um novo elemento de estrategia ao jogo, como o Instinto de Assassino e a mudança do funcionamento dos disfarces. Eu particularmente gostei, apesar de não funcionar tão bem em todos os momentos.

Status: Cumpriu a expectativa.

Recomendo para: quem curte stealth.

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                Far Cry 3
                Far Cry 3 é a surpresa do ano. Seu gameplay traz varios elementos que se complementam de forma maestral. O stealth muito insentivado ajuda a camulhar as sequencias de tiro não tão suaves enquanto as sequencias de assassinato com a machete além de extremamente util é fluido e impressionante de se assistir. Gráfica e esteticamente lindo. A ilha onde o jogo acontece é enorme e viva. Existem incontaveis sidequests, mais de trinta bases inimigas para serem limpas, torres de rádio que você escala resolvendo pequenos puzzles para liberar uma área no mapa(Lembram disso, Ubisoft e Assassin's Creed? ಠ__ಠ) e ter uma visão panorâmica dos arredores, vários animais selvagens que podem ser caçados usados para a criação de itens. Se locomover pela ilha é divertido, existem bastantes pontos de fast travel, dirigir é divertido e voar de asa-delta ou com aquela roupa de esquilo voador é sensacional.
                A campanha é simples, eficaz, comprida sem ser cansativa. O vilão Vaas rouba cena em todos os poucos momentos em que aparece, sendo o personagem mais carismatico do jogo. A Ubisoft fez de Far Cry 3 o melhor Assassin’s Creed do ano.
Status: Superou todas as expectativas.
Recomendo: fãs de sandbox, FPS e/ou pessoas que ficaram decepcionadas com Assassin's Creed 3.
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Dishonored
                Com um visual steampunk numa cidade vitoriana, Dishonored conta uma historia cliché que é compensada pela seu fantástica gameplay. Controlando Corvo Attano, você tem múltiplas formas de abordar cada missão, matando todos com sede de sangue ou passar o jogo inteiro sem matar e nem ser visto por nenhum inimigo. O sistema de stealth funciona de maneira surpreendente pra um jogo me primeira pessoa, enquanto  o sistema de batalha com varios inimigos não é tão aprimorado, mas cumpre seu papel. Existe um leque bom de magias diferentes que reforçam a ideia de que você pode passar pelo jogo da maneira que quiser.
Status: Superou todas as expectativas.
Recomendo para: todos.

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                The Walking Dead: The Game.
                Adaptação do universo da historia em quadrinho com o mesmo nome, o The Walking Dead: The Game é o jogo episódico que conta uma historia paralela aquela que acontece no gibi. O jogo é um point’n’click muito simples porque o seu foco não é o gameplay e sim o storytelling. Ao decorrer dos 5 episódios você contra o personagem Lee que pouco tempo depois do começo do outbreak encontra a garotinha Clementine sozinha em casa e começa a cuidar dela.
                O jogo explora a sobrevivência desses dois no mundo pós-apocaliptico e a relação do trio composto por Lee, Clementine e o jogador. A ambientação e os acontecimentos são bem fieis ao que você encontra na historia em quadrinhos, tendo passagens pesadas e que ninguém está a salvo. Existe também a escolha dos diálogos e de certas ações que podem mudar os acontecimentos ou como as outras pessoas te veem. Essa mecânica é bem utilizada porque não é uma barra azul e uma vermelha pra escolha boazinha e a escolha malvada. Não existe isso no universo do jogo, só existem escolhas. Essas escolhas e a brutalidade do jogo fazem o jogador se sentir responsável pela vida daquela inocente criança, que é a filha que todo cara gostaria de ter, nesse mundo de horrores.
Status: Superou todas e qualquer expectativas.
Recomendo para: todas as pessoas que tenham sentimentos. Até quem não gosta da novela série de TV.


Por hoje é isso e eu já tenho em mente o tema pro proximo post. O cara do gif no incio do post é o Benedict Cumberbatch, mas você sabe disso porque você viu Sherlock. Se você não viu, deveria sentir vergonha de estar vivo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Analisando: B.A.P - No Mercy


Um post que faz tempo que estava para sair! Todo mundo sabe como eu sou fã de B.A.P, tanto que já fiz um post sobre a estréia deles, e também não é segredo de ninguém que os considero o melhor grupo rookie de 2012. A partir da data daquele primeiro post, houveram outras estréias, de muitos e muitos artistas, mas o B.A.P conseguiu, nesse curto espaço, crescer bastante como um grupo, e conseguiu mostrar os primeiros sinais de evolução com este primeiro mini-álbum.

Não, eles ainda estão longe de terem, tanto em reconhecimento, quanto experiência, de um Beast, ou um MBLAQ. Mas estão indo no caminho certo. B.A.P tem uma fanbase forte, tanto dentro da Coréia, quanto no resto do mundo. E, aos poucos, estão (não me odeiem) superando Secret em popularidade.


No Mercy, primeiro mini-álbum do grupo, mostra uma mudança ''de espirito'', e de sonoridade também. Mais encorpada, com a cara dos membros, porém mantendo artifícios (como os apitos), que já ficaram como marca registrada. E isso tudo num curto espaço de 3 meses do seu single anterior, ''Power''

A sonoridade, ''espiritualmente'', é a mesma (riffs de guitarra, misturados com hip-hop), porém, há uma clara evolução, no sentido ""visão musical'' do grupo. A primeira single, lançada antes do mini, mostra bem isso. ''Goodbye'' , que tem uma letra extremamente motivadora (basicamente, sobre não desistir dos seus sonhos), é um tipo de musica que eu realmente não esperava ouvir deles. A base de guitarra foi feito pelo TOP (não, não o do Big Bang), guitarrista do grande Seo Taiji por mais de 10 anos, e a composição e letra da musica, foram trabalhadas por 2 dos membros do B.A.P (Youngjae e Yong Guk, respectivamente), o que já mostra um envolvimento maior por parte deles mesmo. No MV, vocês podem perceber que o mascote do grupo, o Matoki, protagoniza ele. Bem bacana!

Mas o que dizer da faixa-título?


No Mercy, segunda e principal single do mini de mesmo nome, mostra algo mais estilo ''B.A.P''. Rapping forte e rápido, ótimos vocais e sub-vocais, apitos, batidas graves, está tudo lá, no seu devido lugar. Novamente, a letra da musica foi escrita por Yong Guk, mostrando seu talento para tal. Com um visual mais ''diversificado'' do que antes, e visualmente mais confortáveis na posição de idols (como poderão ver a seguir), No Mercy consegue ser MUITO boa, principalmente ao vivo (onde podemos ver a interação com o público).

Dessa vez, todos os membros tem seu momento de brilhar, até mesmo o que eu achava o mais ''apagado'' do grupo (Jongup), consegue brilhar, na hora devida. Da gosto de ver eles, de verdade. Eles, em certo ponto, me lembram o Beast, quando estavam começando a jornada de virarem o que hoje são (um dos 5 maiores grupos da Coréia, fácil), e sinceramente, tem tudo o que é necessário para, em breve, chegar a este patamar. Na música, é utilizado um estilo tradicional de percussão coreana, o Samulnori, dando um toque de ''originalidade'' a composição. Particularmente, achei muito interessante a inclusão desse artifício.

Mas claro, a principal atração do B.A.P são as performances ao vivo, onde mostram realmente a que vieram. Deixarei um exemplo básico:


Essa intensidade e presença de palco que eles possuem, poucos grupos na Ásia tem, para dizer a (pura) verdade. E é isso que os torna tão impressionantes, se tratando de um grupo que estreiou em Janeiro de 2012 (apesar da experiência prévia, de alguns membros). Obviamente, não é um completo mar de rosas, mas para o que apresentaram até então, No Mercy definitivamente foi (e continua sendo, na minha opinião) a melhor música do B.A.P, até então.

Mas como infelizmente nem tudo dura pra sempre (neste caso, as promoções de determinada musica), o B.A.P lançou uma versão especial de seu mini-álbum, contendo a nova faixa ''Crash''. Fugindo um pouco do seu estilo ''padrão'', foi arriscado um tema mais romântico (a letra sugere os sentimentos de se apaixonar), Crash pode até mesmo, desagradar alguns fãs (no meu caso, acho que fugiu muito do padrão convencional deles, o que deu uma descaracterizada), então ouçam com moderação (e devidamente avisados):


O que é engraçado, é que Crash se saiu muito melhor que No Mercy nos charts (claro, tendo em vista a maior visibilidade que o grupo alcançou, com as promoções de No Mercy, e as constantes aparições, ajudaram), e sem duvida, teve consequências no grupo, mas isso ficará pra uma próxima postagem (ótima maneira de segurar a atenção de vocês, não acham?).

Por fim, posso dizer (até com certa segurança) de que 2013 será ainda melhor pro B.A.P, e definitivamente, não estão longe de dominarem as paradas. Cada vez mais adepta a cultura musical exterior, não é novidade nenhuma o hip hop (no meio popular) começar a ficar mais proeminente, e isso é ótimo para o grupo. Estamos no aguardo!

See you at the next post.

Baby, i'm sorry.

''Por quê demorei tanto?!?!?''
Quase 4 meses. Este foi o tempo que o blog ficou sem atualizações, e por isso, peço as mais sinceras desculpas. Os motivos para tal abstinência seriam (de uma forma curta e grossa): Falta de staff, para me ajudar nas postagens (basicamente, tenho 1 colaborador fixo pra isso), e também uma falta de inspiração (talvez por não saber pra que rumo levar este blog).

Pois bem, venho por meio deste post, trazer algumas novidades. Sim, as postagens vão voltar, mas não prometo regularidade. É complicado pensar em colunas ou assuntos frequentes, sem um feedback necessário para tal, mas sempre tento manter uma linha constante, entre os assuntos abordados aqui.

Outro fator importante, é a provável mudança que o Velvet Blog está prestes a passar... .Pois bem, estou pensando em migrar, digamos assim, para uma outra plataforma, deste formato de blog. Provavelmente será o Wordpress, mas seja lá qual for, isto não será exatamente agora. Talvez hajam mais uma ou duas postagens (além da que seguirá este post), então ainda haverá tempo de vida para o VB (gostaram da sigla?) no Blogger.

Por fim, quero agradecer a todos que já acessaram o blog, até agora. Sei que é difícil manter um público, deixando o blog sem atualizações constantes, mas o meu ponto, que me motiva a postar aqui, não é quantidade, e sim qualidade. Nem sempre posso acertar nisso, mas o esforço é sempre igual, não importa o tema tratado. Agora é não deixar a peteca cair (não tinha frase mais brasileira do que esta, né?). Espero que curtam as próximas postagens, enquanto continuo nesta luta, para melhor cada vez mais o conteúdo demostrado por aqui.

See you at the next post.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Querer salvar a princessa é o suficiente!


Em geral, produtos orientais são vistos com olhos de apreensão e dúvida. Animes, por exemplo, são vítimas de preconceito. Quem nunca ouviu o velho papo de que ''Yu-Gi-Oh é um jogo do capeta''? Ou que ''Inuyasha é uma incentiva o satanismo''? Ou que Cavaleiros dos Zodíacos é uma apologia ao homossex...Ok, nesse caso é verdade. Se você for pego ouvindo alguma música oriental, uma hora ou outra vão te perguntar “Cara, tu curte isso mesmo não entendo nada do que estão falando?”, mas lógico que você só vai estar ouvindo porque tu é fã de auto-flagelamento.

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Mas existe uma mídia onde o oriente, principalmente o Japão, é muito bem reconhecido: os games. Inúmeros clássicos são de lá, de Mario e Zelda, à Final Fantasy e Kingdom Hearts, até onde eu quero chegar agora, Ico.

 

Ico é um jogo desenvolvido pela equipe “criativa” Team Ico, tendo como desenvolvedor chefe, Fumito Ueda. Lançado no final de 2001 na América e no Japão, no inicio de 2002 na Europa para o PS2, relançado em 2006 no Velho Mundo ainda no PS2 e relançado em HD junto com seu sucessor espiritual, Shadow of the Colossus, para o PS3 no ano de 2011. Essa é a versão da qual falarei aqui.

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Em Ico, você controla Ico  ~como eu disse, uma equipe criativa~, um menino que nasceu com chifres e por isso ia ser sacrificado. Na linguagem atual, você diz que ele sofria um ''bullying hardcore''. Ao sair da capsula onde ele foi preso em um castelo medonho, tem um sonho com uma pessoa presa em uma gaiola no alto de uma torre. Ao acordar, você e ele vão atrás dessa pessoa para resgata-la. Presa, você encontra Yorda e aí o jogo começa.

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A dinâmica do jogo está na relação entre o Ico e a Yorda. Como eles não falam a mesma língua, por isso as legendas das falas de Yorda são desenhos de coisas como aranhas ou insetos.  Você precisa guiar os dois pra fora desse castelo resolvendo puzzles, plataformas e enfrentando sombras chatas (pra caralho) que tentam sequestrar a Yorda.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxO7oAUa3WuJbEqJl-s9xCyN8ee3sAnJjhQOSFQJ7M7ybeb8OhNmFSRFL2uuxhAzaedhTO6jeL7_zXPz0N8ouuMf4Bc87BVve71UYCBv2frlhraUzUM1QgmzVS9Hkkklnp4uLPROuAtcQ/s400/ico-and-yorda-sleeping.jpg

O jogo é basicamente isso: “Fuja do castelo com a princesa”. Eu sempre defendo que um jogo, um filme, uma série ou uma HQ precisa de uma boa historia e bons personagens e uma boa historia. Não precisa ser complexa e cheia de detalhes como um Metal Gear Solid. Salvar a menina funciona, das cantigas medievais até os dias de hoje. Mas o foco do jogo não é sua historia em si e a relação dos personagens.




Intimista é a palavra pra Ico. Quase não há diálogos, quase não há cenas de animação. A trilha sonora é bem lenta e reflexiva. Eu pessoalmente joguei o jogo com um enorme senso de urgência, afinal de contas, você está num castelo do mal sendo perseguido por sombras. Você precisa tirar essa menina do castelo. Em menos de 30min de jogatina e eu já estava me importando muito com aquela dupla de amigos. Eu precisava tirar a Yorda do castelo. Se você é fã da franquia The Legend of Zelda como eu, muito provavelmente você vai gostar desse jogo.

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Depois do lançamento de Shadow of the Colossus, começou pela internet uma enorme discussão sobre jogos serem arte. Eu acho Ico ''artístico'' em vários sentidos. Existe um momento em que você esta atravessando uma plataforma e a câmera “padrão” mostra uma panorâmica que te da a visão da plataforma, ao fundo água; depois da água existe terra com uma floresta e mais ao fundo o céu e o por do sol. Esse momento eu parei de correr e fiquei olhando, esqueci da porta que eu tinha que abrir pra Yorda, esqueci do senso de urgência e fiquei encarando aquela paisagem e pensando “Caralho, vei, isso em 2001 deve ter destruído cabeças.”. Além disso, o level design do castelo e das plataformas é simplesmente genial, envolvendo varias salas diferentes para abrir uma pequena porta.

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Ico é um sucesso de crítica, tendo 90 em 100 no Metacritic, e considerado um clássico da geração PS2. Foi uma influencia para Eiji Aonuma fazer The Legend of Zelda: Twilight Princess, para o mestre Hideo Kojima fazer Metal Gear Solid 3: Snake Eater e para Jordan Mechner fazer Prince of Persia: Sands of Time. Até o diretor de cinema Guillermo Del Toro cita Ico e Shadow of the Colossus como obras primas que o influenciam em seu trabalho. O jogo recebeu inúmeros prêmios, incluindo o de Game of the Year 2002 pela Eurogamer UK. Obteve um sucesso tão grande que recebeu uma novel, chamada Ico: Kiri no Shiro(Ico: Castelo de Nevoas).

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Porém, não recomendo Ico pra todos. Não procure por aqui uma história grandiosa envolvendo escalas épicas e globais; um jogo cheio de ação e sangue ou uma experiência Michael Bay.  Ico é intimista e minimalista, um jogo pessoal.  Se salvar a princesa ainda é o bastante ou então você esta a procura de uma tocante historia sobre amizade, Ico é um jogo que você precisa jogar.

E aqui fica minha recomendação para quem pegar o HD Collection, para jogar Ico pela primeira vez: Não veja a lista de trophys, não veja nenhum Trophy Guide, jogue a primeira vez pela experiência. Digo porque eu fiquei fissurado em pegar um monte de troféu numa atirada só e isso me fez sair da experiência em vários momentos. Volto para falar sobre Shadow of the Colossus quando eu terminar, se eu terminar.

domingo, 22 de julho de 2012

Final Fantasy XIII - Fato e Ficção




















A certo tempo atrás, tive a oportunidade de jogar e terminar Final Fantasy XIII, 13° jogo da aclamada franquia da Square. Eu sempre tive a curiosidade de jogá-lo, pois, mesmo com algumas críticas, sempre me pareceu um jogo interessante, e com visuais estonteantes.

Como demorei um bom tempo até conseguir ter um Playstation 3, só pude jogar o game, de fato, este ano. E devo dizer, nem de longe me senti desapontado. Mas eu chego lá.

Final Fantasy XIII faz parte da ''saga'' criada pela Square, chamada de ''Fabula Nova Crystallis'', dos quais foram anunciados (na época), Final Fantasy Agito XIII (que hoje se chama FF Type-0, e saiu ano passado para o Psp) e o ''lendário'' Final Fantasy Versus. Vejam bem, os 3 games foram anunciados na E3 (maior feira de games do mundo) de 2006. FF XIII saiu em 2010 nos EUA (e teve uma continuação,  Final Fantasy XIII-2, lançada em 2012), Type-0 ficou restrito ao japão, e não se sabe se haverá versão americana, e Versus NEM FOI LANÇADO! Mas não entrarei na questão neste post, pois isso gastaria muitas linhas. Como era um projeto ousado, FF XIII teve divergências até mesmo com as equipes de produção, fazendo um longo e arrastado projeto de desenvolvimento.

Tudo começou com este video a seguir:


Na época, foi bem impressionante, e o jogo era completamente diferente da versão final (na minha opinião, parecia até melhor). Mesmo com o jogo em desenvolvimento desde 2004, e com este trailer em 2006, ele ainda não tinha uma versão jogável, tanto que a empresa correu apenas para criar esse teaser. O que, no momento, ja indicava visíveis problemas de produção.

Uma coisa que acho engraçada, é que o próprio jogo demonstra tais problemas, por quase possuir uma ''dupla personalidade'' na história. É como se tivessem jogado 2, 3 idéias diferentes de como prosseguir o game, sem perder a essência (e é bem visível essa mudança, que consideraria ''drástica''). Personagens mudando suas personalidades, história tomando rumos estranhos, e até mesmo uma mudança no estilo do jogo (no começo, linear, e perto do fim, mais ''open world'').

Os personagens, é. Alguns reclamaram, outros gostaram, eu achei um pouco dos dois. Dentre o grupo de protagonistas, que é composto por: Lightning, Snow, Sazh, Hope, Vanille e Fang, existe sim um equilíbrio. Claro, sempre existem as recaídas de cada um, mas no geral, foi um grupo agradável de se conduzir. Lighning é uma boa protagonista, variando muito bem entre momentos de frieza, emoção, tensão.... é uma personagem um pouco indecisa, quanto a sua personalidade (reflexo dos problemas de produção do game, talvez?), mas definitivamente lembrando outro protagonista que marcou em sua época: Cloud Strife.

Sobre a história do jogo, assim como foi refletido nos personagens, a história em si também se modifica (bastante) em certos pontos do game - curiosamente, a parte da história que me prendeu mais, foi do começo até a metade do game, que foi a mais criticada por alguns fãs. Vai entender... - , deixando alguns um pouco ''confusos'' com o caminho a ser seguido. RPG's, em geral, devem ter um começo, meio, e fim, assim como toda e qualquer história. XIII tem isso, mas tem pontos extremamente questionáveis, e mudanças repentinas de roteiro que não ajudam muito. Ponto negativo pra isso.

Voice Acting nesse jogo ficou bem legal, ao menos na minha opinião. Pude comparar ambas versões, japonesa e americana, e não senti uma diferença tão suprema de uma para outra. Com devidas proporções colocadas, eu diria que foi um bom trabalho da Square (ja que o pessoal tem algum problema grave para encontrar dubladores decentes para Jrpgs).

Até o gameplay é um fator que divide opiniões. Uns dizem que é ágil, e combina com o estilo do jogo (tô com essa galera, aliás); Outros, no entanto, desaprovam, e continuam a citar mais 3459 motivos para dizer que o gameplay foi o fator decisivo para enterrar FF XIII. É difícil bater cabeça com um pessoal, pois preferem o estilo ''old school'' de FF, mas essa parte eu deixou vocês escolherem.


Aqui é um exemplo básico de como funciona a jogabilidade, nas lutas (no caso, um boss, e muito spoiler rola solto no vídeo, então assistam sobre essas circunstâncias e avisos). Ela é rápida, sim, mas também tem um problema gravíssimo: Ela funciona ''automaticamente''. Como assim, vocês se perguntam. Eu explico.

O jogo funciona com um sistema de ''Paradigmas'', que são estilos de luta pré-determinados, com base em habilidades de cada personagem, e estilos de luta utilizados. E tem, obviamente, a opção ''Auto-Battle'', que é praticamente obrigatória usar, ja que se trata de um gameplay ágil. E daí que vem as reclamações, pois você não escolhe nem as skills que vai utilizar, somente troca os paradigmas (claro, você pode tentar jogar manualmente, mas mesmo assim, só pode escolher as skills que o líder vai utilizar, igual Persona 3). Se isso é ruim? Talvez, mas para mim não foi um empecilho. É interessante ver como os paradigmas são essênciais para o seu triunfo - em certos pontos do game, errar um paradigma, mesmo que por segundos, significa morte INSTANTÂNEA... - , e mesmo vendo que as skills funcionam de uma forma pré-determinada, é muito divertido e desafiador ajeitar seu estilo de jogo, baseado nos paradigmas. Eu gostei, só não acho essa tal de ''evolução da jogabilidade'' que a Square tentou passar. Acho apenas uma forma a mais de se jogar esse estilo de game.




















Mas se tem um fator, em que todos concordam, é os (incríveis) gráficos que este jogo possui. Para começo de conversa, esse é um dos pouquíssimos games que rodam em 1080p no Playstation 3 (a versão do Xbox não faz essa função, alias, é uma versão muito prejudicada pelo fato do Xbox não utilizar Blu-Ray, e o game foi obrigado a ser dividido em 3 Dvd's, e com uma diminuição nos gráficos), e utiliza praticamente todo o espaço do Blu-ray, se tornando algo incrível, para um jogo lançado a praticamente 3 anos atrás.

Cenários vastos, e lindos. Eu parava praticamente a cada 10 minutos, para apreciar a vista. Sejam áreas congeladas, industriais ou campo aberto, cada lugar do jogo parecia realmente um ''mundo mágico'', que enchiam a vista até mesmo dos mais céticos. Os personagens também não ficavam para trás, e mesmo você  se movimentando juntamente do grupo, consegue notar cada detalhe de cada personagem.

Isso é porque eu não falei da especialidade da Square: Cg's (ou computação gráfica, para os leigos).

Nisso todos sabem o quanto a Square é expert, e sempre surpreendeu e deixou de boca aberta, a cada jogo que era lançado. Mas em FF XIII  eles se superaram, sem dúvida nenhuma.


Definitivamente, minha CG favorita do game (e com MUITOS spoilers, estejam avisados). É de encher os olhos, e ao mesmo tempo, deixa-lo de boca aberta. Em uma modesta opinião, não existe jogo mais belo do que FF XIII em consoles, apesar dos pesares. Gostaria que o game tivesse mais cenas assim (não me importaria se metade do game fosse em CG, in fact), pois isso praticamente vende o jogo, para muitos.

Como disse no começo da matéria, este game tem uma continuação, intitulada Final Fantasy XIII-2, que conta sobre a irma de Lightning, Serah. Só pude jogar a demo até então, e pelo que pude constatar, o jogo teve melhorias significativas, porém.... acho que faltou um pouco de carisma no jogo. Dois protagonistas (Serah e Noel) e com participações dos protagonistas antigos, mas apesar das novidades (e que não são poucas), o game em si não parece superar o primeiro. E com os boatos de um possível XIII-3, sendo assim a primeira trilogia da história de FF.... não sei, talvez estejam muito ''estagnados'' em FF XIII, acho que está na hora de mudar o disco, assim por dizer.

Por fim, creio que, mesmo com os erros, problemas de produção, e críticas, Final Fantasy XIII é uma ótima experiência, seja para fãs antigos, ou novos. O que basta é ter uma mente mais aberta, pois o que mais prejudica esse jogo (e seu sucessor), é a constante falta de informação, e em alguns casos, de opinião própria mesmo. Joguem (quem puder) e tirem suas conclusões. Eu ja tirei a minha, e foi muito boa. Numa escala de 0 a 10, daria uma nota 8,5 para ele, e olha que eu nem esperava muita coisa.



















See you at the next post.