domingo, 22 de julho de 2012

Final Fantasy XIII - Fato e Ficção




















A certo tempo atrás, tive a oportunidade de jogar e terminar Final Fantasy XIII, 13° jogo da aclamada franquia da Square. Eu sempre tive a curiosidade de jogá-lo, pois, mesmo com algumas críticas, sempre me pareceu um jogo interessante, e com visuais estonteantes.

Como demorei um bom tempo até conseguir ter um Playstation 3, só pude jogar o game, de fato, este ano. E devo dizer, nem de longe me senti desapontado. Mas eu chego lá.

Final Fantasy XIII faz parte da ''saga'' criada pela Square, chamada de ''Fabula Nova Crystallis'', dos quais foram anunciados (na época), Final Fantasy Agito XIII (que hoje se chama FF Type-0, e saiu ano passado para o Psp) e o ''lendário'' Final Fantasy Versus. Vejam bem, os 3 games foram anunciados na E3 (maior feira de games do mundo) de 2006. FF XIII saiu em 2010 nos EUA (e teve uma continuação,  Final Fantasy XIII-2, lançada em 2012), Type-0 ficou restrito ao japão, e não se sabe se haverá versão americana, e Versus NEM FOI LANÇADO! Mas não entrarei na questão neste post, pois isso gastaria muitas linhas. Como era um projeto ousado, FF XIII teve divergências até mesmo com as equipes de produção, fazendo um longo e arrastado projeto de desenvolvimento.

Tudo começou com este video a seguir:


Na época, foi bem impressionante, e o jogo era completamente diferente da versão final (na minha opinião, parecia até melhor). Mesmo com o jogo em desenvolvimento desde 2004, e com este trailer em 2006, ele ainda não tinha uma versão jogável, tanto que a empresa correu apenas para criar esse teaser. O que, no momento, ja indicava visíveis problemas de produção.

Uma coisa que acho engraçada, é que o próprio jogo demonstra tais problemas, por quase possuir uma ''dupla personalidade'' na história. É como se tivessem jogado 2, 3 idéias diferentes de como prosseguir o game, sem perder a essência (e é bem visível essa mudança, que consideraria ''drástica''). Personagens mudando suas personalidades, história tomando rumos estranhos, e até mesmo uma mudança no estilo do jogo (no começo, linear, e perto do fim, mais ''open world'').

Os personagens, é. Alguns reclamaram, outros gostaram, eu achei um pouco dos dois. Dentre o grupo de protagonistas, que é composto por: Lightning, Snow, Sazh, Hope, Vanille e Fang, existe sim um equilíbrio. Claro, sempre existem as recaídas de cada um, mas no geral, foi um grupo agradável de se conduzir. Lighning é uma boa protagonista, variando muito bem entre momentos de frieza, emoção, tensão.... é uma personagem um pouco indecisa, quanto a sua personalidade (reflexo dos problemas de produção do game, talvez?), mas definitivamente lembrando outro protagonista que marcou em sua época: Cloud Strife.

Sobre a história do jogo, assim como foi refletido nos personagens, a história em si também se modifica (bastante) em certos pontos do game - curiosamente, a parte da história que me prendeu mais, foi do começo até a metade do game, que foi a mais criticada por alguns fãs. Vai entender... - , deixando alguns um pouco ''confusos'' com o caminho a ser seguido. RPG's, em geral, devem ter um começo, meio, e fim, assim como toda e qualquer história. XIII tem isso, mas tem pontos extremamente questionáveis, e mudanças repentinas de roteiro que não ajudam muito. Ponto negativo pra isso.

Voice Acting nesse jogo ficou bem legal, ao menos na minha opinião. Pude comparar ambas versões, japonesa e americana, e não senti uma diferença tão suprema de uma para outra. Com devidas proporções colocadas, eu diria que foi um bom trabalho da Square (ja que o pessoal tem algum problema grave para encontrar dubladores decentes para Jrpgs).

Até o gameplay é um fator que divide opiniões. Uns dizem que é ágil, e combina com o estilo do jogo (tô com essa galera, aliás); Outros, no entanto, desaprovam, e continuam a citar mais 3459 motivos para dizer que o gameplay foi o fator decisivo para enterrar FF XIII. É difícil bater cabeça com um pessoal, pois preferem o estilo ''old school'' de FF, mas essa parte eu deixou vocês escolherem.


Aqui é um exemplo básico de como funciona a jogabilidade, nas lutas (no caso, um boss, e muito spoiler rola solto no vídeo, então assistam sobre essas circunstâncias e avisos). Ela é rápida, sim, mas também tem um problema gravíssimo: Ela funciona ''automaticamente''. Como assim, vocês se perguntam. Eu explico.

O jogo funciona com um sistema de ''Paradigmas'', que são estilos de luta pré-determinados, com base em habilidades de cada personagem, e estilos de luta utilizados. E tem, obviamente, a opção ''Auto-Battle'', que é praticamente obrigatória usar, ja que se trata de um gameplay ágil. E daí que vem as reclamações, pois você não escolhe nem as skills que vai utilizar, somente troca os paradigmas (claro, você pode tentar jogar manualmente, mas mesmo assim, só pode escolher as skills que o líder vai utilizar, igual Persona 3). Se isso é ruim? Talvez, mas para mim não foi um empecilho. É interessante ver como os paradigmas são essênciais para o seu triunfo - em certos pontos do game, errar um paradigma, mesmo que por segundos, significa morte INSTANTÂNEA... - , e mesmo vendo que as skills funcionam de uma forma pré-determinada, é muito divertido e desafiador ajeitar seu estilo de jogo, baseado nos paradigmas. Eu gostei, só não acho essa tal de ''evolução da jogabilidade'' que a Square tentou passar. Acho apenas uma forma a mais de se jogar esse estilo de game.




















Mas se tem um fator, em que todos concordam, é os (incríveis) gráficos que este jogo possui. Para começo de conversa, esse é um dos pouquíssimos games que rodam em 1080p no Playstation 3 (a versão do Xbox não faz essa função, alias, é uma versão muito prejudicada pelo fato do Xbox não utilizar Blu-Ray, e o game foi obrigado a ser dividido em 3 Dvd's, e com uma diminuição nos gráficos), e utiliza praticamente todo o espaço do Blu-ray, se tornando algo incrível, para um jogo lançado a praticamente 3 anos atrás.

Cenários vastos, e lindos. Eu parava praticamente a cada 10 minutos, para apreciar a vista. Sejam áreas congeladas, industriais ou campo aberto, cada lugar do jogo parecia realmente um ''mundo mágico'', que enchiam a vista até mesmo dos mais céticos. Os personagens também não ficavam para trás, e mesmo você  se movimentando juntamente do grupo, consegue notar cada detalhe de cada personagem.

Isso é porque eu não falei da especialidade da Square: Cg's (ou computação gráfica, para os leigos).

Nisso todos sabem o quanto a Square é expert, e sempre surpreendeu e deixou de boca aberta, a cada jogo que era lançado. Mas em FF XIII  eles se superaram, sem dúvida nenhuma.


Definitivamente, minha CG favorita do game (e com MUITOS spoilers, estejam avisados). É de encher os olhos, e ao mesmo tempo, deixa-lo de boca aberta. Em uma modesta opinião, não existe jogo mais belo do que FF XIII em consoles, apesar dos pesares. Gostaria que o game tivesse mais cenas assim (não me importaria se metade do game fosse em CG, in fact), pois isso praticamente vende o jogo, para muitos.

Como disse no começo da matéria, este game tem uma continuação, intitulada Final Fantasy XIII-2, que conta sobre a irma de Lightning, Serah. Só pude jogar a demo até então, e pelo que pude constatar, o jogo teve melhorias significativas, porém.... acho que faltou um pouco de carisma no jogo. Dois protagonistas (Serah e Noel) e com participações dos protagonistas antigos, mas apesar das novidades (e que não são poucas), o game em si não parece superar o primeiro. E com os boatos de um possível XIII-3, sendo assim a primeira trilogia da história de FF.... não sei, talvez estejam muito ''estagnados'' em FF XIII, acho que está na hora de mudar o disco, assim por dizer.

Por fim, creio que, mesmo com os erros, problemas de produção, e críticas, Final Fantasy XIII é uma ótima experiência, seja para fãs antigos, ou novos. O que basta é ter uma mente mais aberta, pois o que mais prejudica esse jogo (e seu sucessor), é a constante falta de informação, e em alguns casos, de opinião própria mesmo. Joguem (quem puder) e tirem suas conclusões. Eu ja tirei a minha, e foi muito boa. Numa escala de 0 a 10, daria uma nota 8,5 para ele, e olha que eu nem esperava muita coisa.



















See you at the next post.

Nenhum comentário:

Postar um comentário