Analisando: Psyren

Sim, o primeiro post oficial do blog! E vou começar, analisando e comentando sobre um mangá que me agradou muito durante sua existência: Psyren.

Primeiramente, devo dizer que esta ( assim como futuras análises que venham a acontecer por aqui ), tem o objetivo em focar minha opinião sobre a obra em questão, ou seja, tentarei evitar o fanboyzismo ao máximo, mas ao mesmo tempo mostrar os pontos positivos ( e os negativos também, porque não? ) do assunto posto.

Dito isto, vamos por a mão na massa?

Dados Básicos:
Psyren foi um mangá criado por Toshiaki Iwashiro ( criador também do mais desconhecido Mieru Hito ), que esteve nas páginas da Weekly Shounen Jump de 3 de Dezembro de 2007, até ser concluído em 29 de Novembro de 2010, com 16 volumes encadernados. Em Janeiro de 2011 começou a ser serializado na Shounen Jump americana, e em 4 de Outubro de 2011 o volume 1 foi lançado pela editora Viz Media.

Dentro da Weekly Shounen Jump, Psyren teve um começo bem promissor, ficando entre o Top 5 da revista, mas com o tempo, os rankings foram caindo, até fatalmente vir a ser cancelada ( sem contar o fato de que não tinha lá boas vendas), e muitos fãs mundo afora ficaram chateados com o fato da obra não ter ganhado uma animação. ( o que talvez poderia ter salvado a série da degola )

                                                      

Sinópse:
Ageha Yoshina, um estudante comum do ensino médio, vivia sua vida normalmente, quando um dia, algo misterioso acontece. Ele encontra um telefone público tocando, e decide atendê-lo, porém ninguém o responde, mas acaba encontrando um cartão com a palavra ''Psyren'' escrito nele, dentro da cabine. Sua colega de classe, Sakurako Amamiya, começa a agir de forma estranha, e cita a palavra '' Psyren'', e logo após isso desaparece. Ele acaba ligando para o número escrito no cartão, com esperanças de ter alguma informação sobre sua amiga, e após uma serie de perguntas, é perguntado a ele se ele gostaria de ir ao ''Psyren''. No outro dia, após atender uma ligação, ele é automaticamente mandado ao caótico mundo de Psyren, que esconde muitos segredos pela frente.

Opinião Geral:
Quando se trata de shounens ( ainda mais os da Jump ), os leitores assíduos sempre esperam encontrar aquela obra com um ''charme'' a mais, e devo dizer: Psyren TEM isso.
O primeiro ponto a ser destacado é o visual, onde Psyren se agarra muito a isso. Os personagens são estilosos em todos os sentidos ( no visual, nas técnicas, até os nomes usados ), a arte do Iwashiro também beneficia isso, ele não tem um traço maravilhoso ( mas sabe muito bem fazer capas de  volume ), mas ao mesmo tempo, consegue passar um ar de mistério para seus personagens, os deixando interessantes, e ele vai adicionando isso cada vez mais ao longo da série o que de fato me manteve o interesse por continuar a ler ela.
A narrativa no começo é um pouco confusa, creio que pelo alto numero de informaçoes que ele introduziu para criar o mundo de Psyren, que é de certa forma, bem complexo, sem contar os mistérios que rondam a série, mas que oscilava bastante entre uma narrativa boa, e outra sufocada, talvez por inquisição de seu editor.
Indo para a historia de Psyren, está aí o ponto alto da série: ela é bem estruturada. No começo, acaba se assemelhando um pouco a alguns mangás desse genero de sobrevivência ( Gantz, Battle Royale, etc ), mas com o passar do tempo, acaba conseguindo sua própria identidade, e mostrando seu valor como um shounen de luta também.

                                                              ! SPOILER ALARM !
Só leia a partir daqui sabendo do total risco de levar spoilers ALTAMENTE influenciáveis da historia, é por sua conta e risco. Mas vou por uma imagem bonitinha pra quem quiser parar por aqui.

            Nunca entenderei o porquê do Kyle ( 5° lugar ) estar na frente do Oboro ( 3° lugar ) na imagem

Decidi me aprofundar mais na historia, porque ela realmente vale a pena ser comentanda. A primeira coisa a ser comentada é o PSI, que seria a habilidade de controlar você, o que está ao seu redor, e outras coisas usando a sua mente. Ele funciona usando toda a capacidade da sua mente, não apenas uma parte dela ( o que exige bastante da pessoa ), e como ela exige muito do usuário, pode lhe causar muitos danos. Existem 3 divisões dentro do PSI: Burst ( a habilidade de manipular o mundo a sua volta ), Trance ( a habilidade de manipular a mente dos que estão a sua volta ), e Rise, que contem 3 subdivisões; Sensorial, onde é aumentado os seus 5 sentidos; Força, onde todas as suas resistências corporais aumentam, quase como ter super força; e Curativo, onde contém semelhanças com os do tipo força, só que mais focado na resistência corporal, para uso curativo da própria pessoal ( ou de outros, pelo custo de sua própria resistência ). Também ha um tipo especial, NOVA, que é quando o usuário ultrapassa o limite do seu PSI e do própio corpo, com consequências terríveis. Fala sério, um poder desses foi uma sacada muito FODA por parte do Iwashiro, pois é quase como uma faca de dois gumes.


Voltando a historia em si, quando Ageha é chamado para dentro do Psyren pelo Nemesis Q ( o ''cara'' que supostamente estaria por trás disso ) acaba parando em um lugar muito estranho, quase deserto, apenas habitado por muitos monstros (os chamados Tavoo ) e finalmente acaba encontrando Amamiya, que o salva de um Tavoo.... e bem, não tem muito a falar sobre essa saga, ela é bem introdutória, e quase ninguém luta, só fogem ( e realmente parece Gantz nessa saga, SÉRIO ), e claro, ha outros personagens nessa saga, como Hiryu Asaga, amigo de Ageha e Amamiya, e que vai pro Psyren ajudar a achar Amamiya, mas também está atrás de de seu amigo Tatsuo Mana. Mas a coisa começa a mudar quando eles voltam pro presente,e Ageha conhece Matsuri Yagumo ( conhecida de longa data de Amamiya e ex - participante do Psyren, SIM alguem saiu de lá vivo ) que explica e ensina a eles sobre o PSI,e após muito treinamento, suor, Nemesis Q torrando a paciência de todos, eis que Ageha consegue desenvolver a técnica, que na minha opinião é a melhor da série; o Melchsee Door.


                     

                                           Exemplo do Melchsee Door, só pra quem pode, hein


Chegado esse ponto, o 2° e 3° arco de Psyren definem um grupo ''padrão'' de protagonistas, que além de contar com Ageha, Amamiya e Hiryu, conta também com Oboro Mochizuki, um Idol e estrela popular japonesa, que é muito frio e egoísta, porem acabou desenvolvendo o PSI de cura, e acaba ajudando apenas aqueles que lhe sirvam de algo, ou que tenha valor sentimental ( esse discurso nada novo, né ); E Kabuto Kirisaki, um mulherengo que sempre tenta escapar dos problemas para conseguir a paz desejada, mas que decide mudar isso, após ouvir conselhos de seu tio. Além deles, tem o time que fica '' de fora '' do Psyren, como a Matsuri , Ian e Kagetora ( antigos amigos de Matsuri, e também ex-membros do Psyren ) e uma das grandes atraçoes do mangá ( e salvação também ), as crianças de Elmore Wood.

                    *Ageha cuidado da creche -n e as crianças de Elmore Wood, how cute is that*

O orfanato de Elmore Wood, não é igual aos outros, ele só aceita crianças que possuam PSI, ou seja, todos eles possuem algum tipo de técnica dentro do PSI. Aí alguem me diz: " PORRA, vai me falar que essas crianças são mais fortes que Ageha e seus amiguinhos? " Ainda não. O Psyren, é uma realidade alternativa 10 anos no futuro, que depois é revelado ( SPOILER ALERT ) ser o próprio Japão, num futuro alternativo caótico.... ou seja, no Japão ATUAL, as crianças ainda são apenas aprendizes, mas no Psyren.... enfim, o que nossos amigos viajantes no tempo descobrem, é que existe uma organização dentro do Psyren ( na verdade, é culpa deles a criação do psyren ), e todos são seres extremamente poderosos e perigosos, que é composto pelos  5 Star Commanders: N° 5 Dholaki, N° 4 Caprico, N° 3 Shiner, N° 2 Junas e N° 1 Grana, e liderado pelo REAL inimigo da história toda, Amagi Miroku. ( mais pra frente, outros Star Commanders são adicionados, só pra constar ) Miroku cirou o Psyren com apenas um objetivo, recriar o mundo, com apenas pessoas que utilizassem o PSI, e ele até mesmo conseguiu atrair UM FREAKIN METEORO pra terra,e foi assim que nasceu o que é chamado de Psyren.

A partir daí, fica nessa disputa, Ageha e a trupe tentando impedir que Miroku faça no Japão atual, o mesmo que fez no Psyren, e para isso eles tem de enfrentar cada um dos Star Commanders, em busca da cabeça de Miroku antes que seja tarde.

Consideraçoes Finais:
Psyren não é um mangá genial, que vá mudar sua vida ou sua existência nesse planeta se você ler ele, mas ele cumpre bem o seu papel como um shounen de luta - e diga-se de passagem, um ÓTIMO shounen de luta - com alguns pontos, onde a historia acaba perdendo um pouco do seu fôlego, mas consegue se recuperar. O mangá teve seu ápice na saga Tenjuu's Root ( onde mostraram as crianças de elmore wood no futuro ), realmente essa saga foi muito acima da média, ela conseguiu ser tão boa, mas tão boa, que Psyren ficou até meio meh depois dela ( mas sempre se recuperava dignamente) ... uma pena que teve seu fim abrupto, eu gostava muito da série, e não perco as minhas esperanças dela um dia ganhar uma animação - pois merece, e muito, e estúdio pra anima-la não faltariam - mesmo que seja um OVA ou qualquer coisa do gênero, eu ficaria muito feliz.

                                             

  

Deixo aqui para finalizar esse post, um VOMIC de Psyren ( um VOMIC é um capítulo do mangá, com uma dublagem, feita por seiyuus famosos, pro pessoal ter uma idéia de como ficaria o capítulo com vozes), que é bem bacana, deem uma olhada.


See you at the next post.